Os parlamentares presentes ao encontro foram o General Girão (PSL), Carla Dickson (Pros), Beto Rosado (PP), João Maia (PL) e Benes Leocádio (Republicanos). Em entrevista concedida à imprensa, Arthur Lira afirmou que pede votos a todos os deputados, independentemente de segmento dentro da Casa, e se identificou como representante do centrão.
"Nosso bloco foi formado organicamente. Os partidos pensam igual. São partidos de centro. Nós nunca rechaçamos a ideia de ser centro, centrão, centro democrático, de acordo com a conveniência do momento. Os partidos de centro pensam igual, pensam em resolver os problemas do Brasil de maneira efetiva", declarou.
Lira está fazendo uma série de viagens pelo pais, em campanha. No Nordeste, antes do Rio Grande do Norte, o parlamentar visitou o Piauí, depois a Paraíba e, nesta quinta-feira (14), Sergipe. A eleição esta marcada para o dia 2 de fevereiro.
O deputado ainda afirmou que conta com o apoio de 32 deputados do PSL, enquanto a liderança do partido teria anunciado apoio a Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Embora vários partidos já tenham declarado apoio a algum nome, a votação é secreta e os parlamentares não seguem necessariamente a orientação da legenda. Por essa razão, os postulantes apostam nas chamadas "traições" para virar votos.
"Nós pegamos a assinatura da maioria de cada partido (do bloco) e protocolamos na mesa. Se não tem isso, não tem bloco. Quando as lideranças não consultam seus deputados, eles não são traidores nem dissidentes. Não foram consultados nem ouvidos. Quando a gente não é ouvido, vota como acha melhor. O que aconteceu no PSL vai acontecer em outros partidos", disse o deputado.
Lira ainda afirmou que não sabe se terá "200 ou 300 votos", mas disse que contará com uma "fotografia" mais precisa na semana que vem. Ainda criticou o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o sistema dele, para angariar votos "é apertar de cima pra baixo" e disse que cada deputado é dono de si.
Relação com o planalto
Embora conte com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado afirmou que seu possível mandato na Câmara será independente, afirmou que é "imprescindível" que cada poder saiba seu limite e declarou que defende a harmonia entre os poderes.
Ao ser questionado se colocaria em pauta os projetos do governo, ele afirmou que "não trabalhará contra o país, nem como oposição" e que não cabe ao presidente da Câmara escolher o que vai ser votado ou não de acordo com seu posicionamento pessoal. "Não é a presidência que vai boicotar qualquer assunto. Não é função do presidente, sozinho, fazer pauta. A pauta é feita pela maioria do colégio de líderes. Não cabe ao presidente pautar o que concorde e não pautar o que discorde. É este o erro da democracia brasileira hoje", disse.
G1RN